sexta-feira, 1 de abril de 2011

ojogo.pt - Guarín no ponto

Se há uma equipa europeia que hoje concentra a atenção do povo colombiano, essa é o FC Porto. As grandes exibições de Falcao, Guarín e James fazem com que haja, do outro lado do Atlântico, um carinho especial pelo azul e branco do dragão. E, como consequência, os colegas ou antigos colegas deste trio seguem com atenção redobrada tudo o que se passa em Portugal, como é o caso de Fabían Vargas, médio do Almeria, da I Liga espanhola, que mantém uma relação de amizade com Guarín. Aliás, foi ele, quando ainda jogava no Boca Juniors, que recomendou a contratação do "amigo" ao clube argentino. "Estamos sempre em contacto por mail ou através de mensagens no Twitter. Conhecemo-nos há muitos anos e fizemos parte do meio-campo da Colômbia durante as últimas eliminatórias. Por tudo isto, fico muito contente por saber que está a ter grande sucesso no FC Porto", explicou Vargas, que destaca em Guarín uma particularidade especial: "Tem um remate impressionante e pega na bola com muita força. É uma característica que guardo dele desde que jogava na selecção de sub-17 da Colômbia. Já na altura marcava golos tremendos, como aqueles que tem feito agora".

Vargas recordou ainda que foi Hugo Alves, treinador da equipa de reservas do Boca, quem lhe pediu referências sobre Guarín em 2005. Na altura deu-lhe a mais favorável das opiniões e, pouco tempo depois, estavam juntos no plantel dirigido por Alfio Basile. "El Chueco [alcunha de Hugo Alves] perguntou-me sobre Guarín, quando ele ainda era muito jovem. Tentei ajudá-lo ao máximo porque sabia que, para ele, não seria fácil sair do nosso país e ambientar-se a uma vida diferente, muito menos sendo assim tão jovem. Pouco tempo depois de ele ter chegado, Alfio Basile gostou tanto dele que lhe deu a possibilidade de treinar e jogar pela primeira equipa", recordou.

A passagem de Guarín pelo futebol argentino não teve grande continuidade. "Teve pouco tempo de jogo. Se tivesse ficado mais tempo, de certeza que teria deixado a sua marca. Mas tomou uma boa opção, porque não era fácil jogar no Boca com a quantidade de grandes jogadores que eles tinham naquela altura, embora a passagem pelo clube lhe tenha aberto as portas do Saint-Étienne. E em França, sim, conseguiu mostrar todo o seu potencial, que lhe permitiu chegar a um grande clube como é o FC Porto", analisa Vargas a O JOGO.

Actualmente, Vargas vê um Guarín muito diferente daquele que conheceu com 16 anos. "Cresceu muito, destacando-se sempre pelo remate de meia distância e agora também pelos golos. Vejo-o mais tranquilo, maduro e a chegar com maior frequência à área adversária. E isso leva a que esteja a fazer a diferença. Estou muito feliz".

Tal como aconteceu com Guarín, Vargas também ficou surpreendido com o facto de o compatriota não ter sido, durante grande parte da época, titular absoluto no FC Porto. "Acredito que vai solidificar um lugar entre os titulares. Ele disse-me que o treinador o tinha em conta, que o queria no plantel, mas que era visto quase sempre como uma alternativa. Guarín, como qualquer jogador, quer jogar mais e sente alguma ansiedade por isso. Mas sei que vai acabar por ganhar um lugar na equipa." E quem sabe se não será já no próximo domingo?...

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