quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Guarin: "Eu não quis ir para a Juventus"

"Sempre o fiz saber, e vou dizer-lo outra vez e vou dizê-lo no futuro quando quiserem que eu o diga: Estou feliz no Inter, porque o melhor está aqui. Agora, na minha frente, eu tenho tudo em cima da mesa: confiança, amizades, todos os componentes que me fazem bem, desde do treinador aos meus companheiros, todos eles. Agora tenho que provar quem é o Fredy", disse Guarin em entrevista para La Gazzetta dello Sport.

Associado a várias equipas desde Janeiro até Setembro, e parecia que estavas mais fora do que dentro. Como te sentiste?
"Tive raiva, muita raiva, porque desde o minuto em que eu cheguei eu tentei dar vazão a minhas ambições e tinha o desejo de me sentir digno de um clube de topo. Todos esses momentos, quando te sentes fora daquilo que sonhaste e do projecto que tens na tua cabeça, ficas desiludido e com raiva, até contigo mesmo".

Relembra-nos: o que ficou depois do cancelamento da troca com Vucinic?
"O desejo dos adeptos em que eu ficasse".

E depois?
"Fiquei com as noticias, como no mercado passado, que eu queria ir para a Juventus. Eu não quis ir para a Juventus, e não vou querer ir para lá. Estou feliz aqui, com aquilo que tenho, e isso chega".

Mazzarri, com a conversa que tiveram, fez-te sentir que pode contar contigo?
"Ele disse-me muitas coisas importantes. A que mais me impressionou mais foi que se recomeça do zero. O passado é passado. Tivemos uma conversa muito positiva, ele e um treinador com o desejo de fazer algo e ganhar. Outra muito importante foi que a força tem que ser vista em campo, por todos e por mim".

Podemos dizer que é um Guarin 2.0?
"É um novo Inter e é suficiente. Um Inter da qual Guarin faz parte do sonho".

Uma coisa tem que ser dita: excepcionalmente dos períodos do mercado de transferências, o Mazzarri praticamente sempre te deixou jogar.
"Sim, mas porque eu merecia, e não porque ele é meu amigo ou por preferências. Eu jogava porque fazia muito em campo: Mazzarri não te dá nada de graça, ele põe-te a jogar se treinares bem, caso contrário nada de nada".

Ficaste no Inter porque foste considerado melhor do que as outras chegadas. E também tens uma nova posição: um segundo avançado ou um médio atacante. Pensando bem, esta posição não é novidade...
"Já a fiz com o Villas Boas no Porto, e algumas vezes com Stramaccioni. Eu gosto da ideia de ter a oportunidade de jogar nessa posição por 4 razões: é uma área do campo onde me sinto bem, estou mais perto do avançado, vejo melhor a baliza e tenho menos responsabilidades defensivas onde posso tirar mais proveito da minha força".

Duas falhas: a continuidade durante o jogo e os golos. Marcaste alguns golos, mas alguns remates...
"Sobre a continuidade é verdade, mas eu sei que neste momento, com este tipo de equipa, eu consigo-a. Os golos? É uma coisa do momentos".

Em que sentido?
"Considere isto: no Porto, quase todos os remates resultavam em golos. E vou dizer-lhe outra coisa: 3/4 vezes por semana eu fico mais tempo em campo para treinar os remates, para praticar os golos, para tentar e acertá-los".

Como seria o teu golo de sonho?
"Não interessa... Apenas tinha que ser uma bomba".

Outra curiosidade, o que estavas a pensar quando fizeste aquele passe para trás em Livorno?
"Cometi um erro. Ponto".

Pelo Inter, que tatuagem farias?
Mostra o seu braço esquerdo: "Consegue ver? A taça da Liga Europa que ganhei com o Porto. Gostaria muito de fazer uma no braço direito: uma taça com o Inter. Estou acostumado a acreditar nestas coisas".

Qual e o teu desejo para esta equipa?
"O projeto, o grupo que eu acho que é fantástico e uma equipa que tem vontade, qualidade e ambição para vencer".

Tudo bem, e se os rumores voltarem em Janeiro...
"Vou dizer como é. Quando era pequeno, na Colômbia, eu jogava numa equipa que era de um banco. O banco foi à falência e a equipa desapareceu. E então convidaram-me para ir jogar noutra equipa, e foi como se tivesse saído do Inter e me pedissem para por uma t-shirt do Milan. Eu disse não, e em segredo e sem o conhecimento do meu pai, eu não apareci nos treinos por duas semanas. Resumindo, se eu ponho uma coisa na cabeça, ninguém a muda. Na minha cabeça está o Inter".

E nos momentos em que a Lua era difícil de se ver, que que te fez forte?
"Aqueles que me amam e algumas avaliações. Nos últimos 2 meses tive muito para pensar.E agora sei onde estou, melhor do que antes".


Fonte: FC Inter News
Traduzido por: Fredy Guarin Fãs

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