quarta-feira, 6 de julho de 2011

laopinion.com.co - Andreina, uma cucutena que cativou o coração de Guarín



O futebol colombiano tem estado em alta esta temporada com a representação na Europa dos jogadores que jogam em Itália e Portugal.

Talvez o prémio mais significativo e importante foi o título alcançado pelo FCPorto de Portugal, com os colombianos, Fredy Guarín, James Rodríguez e Radamel Falcao García, ao ganhar a Liga Europa.

Falcao foi o melhor avançado desta competição com 16 golos, superando o recorde do alemão Jürgen Klismann, com 15 golos.

Mas o que muitos pouco sabem, é que por detrás deste “fenómeno”, há uma cucutena, de Norte de Santander, nascida no bairro Carora. Andreina Fiallo Soto, esposa de Fredy Guarín, campeão da Europa.

Guarín, que foi quem fez o passe para o golo de Adrián Ramos, para o triunfo de sábado contra a Costa Rica, na estreia da Colômbia na Copa América da Argentina.




O PRIMEIRO GOLO DO CORAÇÃO:

Onde, quando e como conheceu Fredy?

Andreina: “Conheci o meu esposo na casa da minha mãe (em Medellín), através de uma amigo dele (Henry Rojas, defesa), quando jogava nas divisões menores do Nacional”.

Andreina, que levava mais de 15 anos a viver na capital antioquiana com a sua família, recorda que embora fosse adepta do Nacional, não gostava de ir ao estádio.
No entanto, com tudo o que viveu a seguir os passos de Fredy pelo Boca Juniors (Argentina), no Saint Etienne (França) e agora no FCPorto, despertou uma certa paixão pelo futebol.

Aos 18 anos e depois de tanto namoriscar, saídas e encontros em Medellín, Fredy Guarín conseguiu marcar o seu primeiro da sua vida: conquistar Andreina, com quem não hesitou em formar uma família. Isto aconteceu quando ele apenas integrava a selecção sub-20 da Colômbia no ano de 2005.

Dessa união nasceu Daniel Alejandro Guarín Fiallo.

Depois da selecção, Fredy viajou para a Argentina para jogar no Boca Juniors, onde jogou pouco, pois o técnico Alfio “El Coco” Basile, o punha no banco de suplentes.

“Aos 15 dias, nós não aguentamos e obtivemos o passaporte e viajamos com o menino para a Argentina. Ali permanecemos um ano, foi uma experiência nova, de onde tivemos de lutar juntos, éramos muito jovens para viver longe das nossas famílias, mas foi bom”, disse a esposa de Guarín.




CAMINHO ESPINHOSO:

Fiallo, disse que, em seguida em 2006 foi para o Saint Etienne (França), onde as coisas não foram fáceis para Fredy. A disputa por um lugar na equipa principal foi complicada.

“Foi difícil para os três, chegar a um país onde não se conhece nada, não se entende o idioma, embora houvesse dois argentinos, as coisas não eram iguais, porque Fredy queria jogar e não sabia como”, disse Andreina.

Acrescentou que houve momentos que quiseram regressar para a Colômbia, onte ele tinha algumas ofertas importantes, mas Andreina e Fredy não queriam render-se às dificuldades.

“Desde baixo nós fazemos companhia um ao outro, nos temos apoiado um ao outro, apoio-o no seu futebol dando-lhe incentivos, força, para que ele não tomasse a decisão de dizer: “ não quero estar mais aqui, quero voltar para a Colômbia, que teria sido mais fácil”, disse ela.




NO ENTANTO, A PERSEVERANÇA, ALCANÇA O QUE NÃO TINHA ALCANÇADO:

Como todos os jogadores profissionais, que jogavam na equipa francesa, jogavam na segunda divisão, até que finalmente em 2008, conseguiu jogar na Liga Francesa, destacando-se em vários jogos, e embora tenha melhorado a situação parecia um reflexo do que tinha acontecido no Boca Juniors, poucas oportunidades.

“Ali em França, começou a ser titular, destacou-se em várias partidas, mas não foram dadas coisas como quando chegamos ao Porto”, afirmou Andreina Fiallo




A JUSTIÇA DIVINA:

No entanto coisas boas estavam para vir para o puerto boyacense. Quando fomos para o Porto, em 2008, a luz apareceu no céu.

“Quando fomos para a Argentina, não imaginaria a magnitude do que sentiria, porque não tinha vivido e não era tão apaixonada pelo futebol. Para Fredy foi uma grande oportunidade. Nem todo o mundo tem o privilégio de jogar no Boca Juniors”, disse Andreina.

Sobre a vivência dos títulos da Liga Portuguesa e da Liga Europa, Andreina diz que foi um momento emotivo, mágico, sem precedentes, algo único e repetível.

“Como disse, não sou fanática pelo futebol, mas quando começas a viver e a conviver com uma pessoa onde a sua vida e paixão é o futebol, que te conta histórias de infância, no qual era tudo futebol e futebol, acabas por te afeiçoar”.

Andreina disse, “para mim é um orgulho, sinto-me orgulhosa como cucutena que sou, pelo meu esposo, que veio de baixo lutando, no início não jogava muito, mas tinha em mente, que tinha de motivá-lo para a frente, que não importa se cai uma ou duas vezes, o importante era que tinha de levantar-se para continuar a seguir para a frente.




VIDA FAMILIAR:

Um dia particular com os Guarín Fiallo, é compartilhado com o seu filho Daniel Alejandro e com a nova herdeira da família, Danna Fernanda, de quatro meses e com nacionalidade portuguesa. Andreina diz que são uma família muito unida.

Declarou que Fredy é uma pessoa simples, tranquila e que gosta de boa comida.

Obviamente não pode faltar a típica “bandeja paisa” e os pastéis cucutenos de grão-de-bico para não perder a tradição de família.

Quanto ao que significa ser a dona do coração do campeão da Europa, disse que “além do qual me sinto orgulhosa, sinto-me uma sortuda porque ele é um grande homem, uma pessoa maravilhosa, um excelente pai. Como pessoa é muito valiosa, para além do que conseguiu como profissional”



Andreina disse que o maior sonho de Fredy é jogar no Manchester United de Inglaterra.





traduzido por: Fredy Guarín Fãs

Sem comentários:

Enviar um comentário