É mais ou menos consensual que Guarín tem sido o melhor suplente da Liga. Pelo menos parece o jogador mais importante, de entre todos aqueles que não têm um lugar cativo no onze titular. O problema do colombiano é que não tem um lugar cativo no onze há anos. Nunca teve, aliás.
Ora nesse sentido a pergunta que se fez a André Villas-Boas passou por saber como consegue gerir-se a insatisfação de um jogador que sempre que entra, entra bem. Um jogador que muitas vezes é decisivo quando sai do banco e que mesmo assim continua a não segurar um lugar contínuo no onze.
«Não é fácil viver as frustrações individuais de muita gente que quer chegar ao onze inicial e não consegue. É uma coisa que acontece em todas as equipas. Há sempre alguém que fica ligeiramente mais triste do que outros, alguns demonstram-nos de uma forma e outros de outra», referiu.
Agora, o segredo. Uma lição de vida, aliás: «É muito mais reconfortante saber que se conquista qualquer coisa num ambiente de extrema competição do que baixar o nível para outra equipa, ou para outro campeonato, e ter essa titularidade garantida porque se baixou o nível», disse o treinador.
Ora por isso, acrescentou, a porta de oportunidade está aberta para todos. Há que fazer por ganhá-la. «Baixar de nível é a via fácil para quem quer triunfar na vida, mas quem quer triunfar a valer tem de se manter num ambiente de máxima competitividade e conquistar alguma coisa nesse ambiente.»
«Isso é que tem de alimentar a ambição destes jogadores, sem nunca colocar os objectivos individuais à frente dos colectivos, porque isso não vou permitir. Nós mesmos, por vezes quando ganhamos, sentimos um carinho especial por alguns jogadores em vez de outros e são coisas que nos tocam.»
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