"Freddy Guarin, after a long wait championship manager has been proven right!" O comentário de um cibernauta, no site www.whoateallthepies.tv, ao vídeo do primeiro golo desta época do médio do FC Porto diz tudo. O tiraço (a mais de 30 metros de distância) no jogo da 15.a jornada da Liga, com o Marítimo, prova que os responsáveis do Championship Manager (CM, hoje Football Manager) e os fanáticos pelo jogo tinham razão. Se há meia dúzia de anos não havia quem não o comprasse no computador, esta temporada Guarín passou de promessa virtual a garantia de golos na vida real.
Em apenas dois meses e meio - o jogo com os madeirenses disputou- -se a 8 de Janeiro -, o médio de 24 anos já rendeu sete golos a André Villas-Boas. Apesar de não ser sempre uma aposta de primeira linha para o técnico portista, Guarín tem encostado, por exemplo, João Moutinho a um canto no número de remates certeiros. Só no campeonato, o médio português tem mais 14 jogos a titular que o colombiano, mas zero de golos. De resto, na corrente temporada, João Moutinho - que nas últimas cinco épocas somou 32 golos com a camisola do Sporting - tem apenas um golo para amostra, frente ao Juventude de Évora, para a Taça de Portugal. Pior só em 2004/05, a primeira na equipa sénior de Alvalade.
Vida diferente tem tido Guarín. Mesmo antes de sair em 2005 para o Boca Juniors, o adolescente de Puerto Boyacá já era uma promessa no Evingado da Colômbia. Pelo menos nas fileiras do CM: livres e cantos, nota 20; penáltis, nota 20; remates de longe, nota 20; forma física: 100%. Excelente, não? Com contrato desprotegido, Guarín custava aos jogadores meia dúzia de tostões (230 mil euros), quase metade do que os franceses do Saint-Étienne pagaram ao Boca em 2007 (500 mil euros) e cerca de um quarto do valor que o FC Porto investiu (um milhão de euros) em 2008.
Peça-chave nos duelos da Liga Europa (um golo ao Sevilha, em Espanha, e dois ao CSKA, no Dragão e em Moscovo), Guarín marca há quatro jogos seguidos. No último, para o campeonato, abriu caminho à reviravolta diante da Académica (3-1). Para o colombiano, foi longo o caminho para o sucesso. Mas Guarín soube esperar e é o próprio a afirmar que está a viver o melhor momento da carreira: "A paciência que tive para garantir estes resultados foi importante. Espero manter este nível."
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