sábado, 19 de julho de 2014

elnuevodia.com.co - Fredy Guarin: "Foi uma infância que hoje faz-me ter os pés na terra"

Com a humildade e simplicidade que o caracterizam, o futebolista nascido em Puerto Boyacá e com formação desportiva em Ibagué, passadas as 11 horas da noite e antes de sair do hotel Estelar para reunir-se com os seus amigos e familiares, Fredy Guarin respondeu a algumas perguntas do 'Diario de los Tolimenses'.


O que tem a dizer sobre a homenagem que lhe fizeram os ibaguereños?
"Na verdade estou muito contente e emocionado ao ver o carinho dos tolimenses. Ainda se recordam da minha passagem por Ibagué e pelo Cooperamos Tolima. É muito bonito".

Esperava este recebimento?
"Esperava um recebimento por parte do Governo de Ibagué, dos convidados e dos amigos mais próximos, mas não das pessoas que assitiram ao evento. Foi muiot emocionante".

Recorda muito esta terra? Por isso é que cantou o 'Bunde tolimense'...
"Foi muito emocionante ver o momento quando o público observou que eu o estava a cantar. É uma das coisas que ficaram da minha passagem por Ibagué e Tolima. 'El Bunde' quando estava no colégio e os momento de infância. É algo que levo sempre comigo". 

Quando veio pela última vez a Ibagué?
"Há 3 ou 4 anos. Nessa vez, encontrei-me com amigos, companheiros do Cooperamos e da Seleção Tolima, e também de outras equipas porque são muitas as amizades do bairro Las Américas, aonde me brindaram com um recebimento muito bonito e são recordações que ficam para sempre marcados". 

Como foram esse jogos com o Cooperamos e a infância no bairro Las Américas?
"Recordo-me muito dos compromissos com o Cooperamos no campo do bairro Jordán e o Parque Desportivo, e também dos campeonatos, eram jogos em que jogávamos a vida contra o Tolima, Estudiantes e Estrellas del Norte. Do bairro Las Américas recordo-me muito do campo que partilhávamos com os meus amigos porque foi um campo de futebol que fizemos quando chegamos ao bairro".

Foi muito difícil a infância?
"Sim, difícil. Foi uma infância que hoje faz-me ter os pés na terra e que dá um valor mais importante às coisas que ganhei". 

Sempre que fala da sua infância, recorda a venda das empanadas...
"Sim, todo o mundo sabe, isso fez parte da minha infância e não tenho como negá-lo. Fomos uma família pobre, que se sustentou com o mínimo do meu pai e o sustento adicional eram as empanadas que a minha mãe fazia e que eu vendia com o meu irmão. Não tenho razões para ocultar isso, porque são valores importante que tiveram a minha infância". 

Com essas dificuldades, pensou em algum dia deixar o futebol?
"Não, nunca pensei assim. Tive o apoio total dos meus pais e de alguns familiares próximos. E também, de muitos vizinhos do bairro e pais dos meus companheiros ajudaram-me. É uma circulo de pessoas que hoje em dia tenho na cabeça e que espero compartilhar com eles, estão marcados na minha vida". 

Com tanto obstáculo no meio, pensou em chegar tão longe como jogador? E o que ainda falta?
"Desde pequenos que sempre quis jogar futebol profissional e sonhei-o. Mas hoje em dia posso dizer que o que sonhei já concretizei, porque cumpri um desejo e sempre programava um novo objectivo. Acho que tive a sorte de contar com pessoas importante à minha volta que me ajudaram neste processo". 

O que sentiu ao escutar os hino nacional no jogo contra a Grécia?
"São momentos incríveis e que não têm nome. Não te controlas porque estás a escutar o hino do teu país num Mundial da categoria mais alta e é um sonho conseguido com muito esforço. Vêm a cabeça coisas e dizes 'consegui-o e estou aqui presente'. São instantes emocionantes que te enchem de muita força antes de começar um jogo". 

Nesses momentos recordou os seus primeiros passos nos futebol, essa infância?
"Nesse momento se recordam algumas coisas. No terceiro jogo do Mundial, contra o Japão, fui titular e olhava para a minha família que os tinha em vista e recordei todo o que fizeram por mim para estar nesse jogo". 

Fala-se que a vida de uma jogador profissional pode ser muito difícil, mas o que é mais complicado?
"Talvez manter-se num nível alto sem dificuldades, sem estar em problemas fora do campo e controlar a sua vida dentro e fora do terreno do jogo. É algo que se encontra sempre na vida de um futebolista: cais ou perdes, ou continuas com a tua carreira intacta". 

Que te surpreendeu nesta Seleção Colombiana, depois de uma ausência de 16 anos no Mundial e romper a barreira dos oitavos de final?
"Sabíamos que tínhamos uma grande equipa. Fomos consciente de que tínhamos jogadores muito importantes e que podíamos formar um grupo jogando bem o futebol e gostando, e com os jogadores que tínhamos, obviamente que podíamos encaminhar este Mundial para deixar marca. Há que destacar que vivemos como uma família, uma irmandade". 

Como foi o trabalho com o argentino José Pékerman?
"Foi um trabalho de 2 anos que nos foram fáceis, mas o professor consegui-o e ajudou muito as classes de pessoas que estão dentro da Seleção Colombiana. O trabalho de técnico foi muito importante, não há palavras que descrever o que fez por nós. Nos fez ver que somos jogadores importantes e uma Seleção que pode estar sempre nos primeiros lugares do mundo". 

Quando foi expulso contra o Paraguai nas eliminatórias, temia que não fosse convocado para o Mundial?
"Obviamente que não jogas o primeiro jogo do Mundial e isso faz pensar o treinador. Sim, pensei nisso, desestabiliza um pouco, mas fiquei tranquilo e fez muitas coisas mais. Como grupo metemos na cabeça de que não eram só 3 jogos, e o corpo técnico também pensou assim". 

Estavam tão seguros da vossa participação que não fizeram as malas antes do jogo contra o Uruguai...
"É certo... E também não as fizemos no jogo contra o Brasil". 

O que vem agora para Fredy Guarin?
"Renovei há pouco tempo com o Inter de Milão e quero continuar com essa equipa. Mas tenho que esperar pela decisão dos corpo técnico e dos dirigentes".

O que tem nas suas tatuagens?
"Momentos importante para mim e a minha família. Os meus filhos, a Taça da Liga Europa e a minha frase 'Un día lo pensé, un día lo soñé y un día lo logré’". 



Traduzido por:Fredy Guarin Fãs

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